Marta Regina Lopes Tocchetto
Lauro Charlet Pereira
Embrapa Meio Ambiente-SP
A crescente preocupação com a qualidade ambiental tem levado as indústrias brasileiras a buscarem alternativas tecnológicas mais limpas e matérias primas menos tóxicas, a fim de reduzir o impacto e a degradação ambientais. A conscientização da sociedade e a legislação ambiental têm induzido as empresas a uma relação mais sustentável com o meio ambiente. Não há mais lugar para a exacerbação do lucro obtido às custas do comprometimento do meio ambiente. Diante disso, a indústria tem sido forçada a investir em modificações de processo, aperfeiçoamento de mão-de-obra, substituição de insumos, redução de geração de resíduos e racionalização de consumo de recursos naturais.
A busca por alternativas que minimizem os impactos negativos da atividade produtiva tem motivado o setor industrial em investir em soluções, que também se refletem em economia e melhoria da competitividade. A adoção de estratégias de prevenção apresenta-se como a alternativa mais adequada, porém importantes padrões, modelos de comportamento, crenças e práticas institucionalizadas devem ser modificados, assim como muitos paradigmas consolidados na estrutura das empresas devem ser substituídos.
A avaliação ambiental torna-se cada vez mais valiosa e importante, pois fornece bases para a formulação de políticas, planos e projetos que permitem o manejo dos riscos e impactos das atividades produtivas aumentando a ecoeficiência da organização. O diagnóstico da situação ambiental consiste em uma análise profunda de todos os impactos dos processos, serviços e produtos.
A falta de registros, na maioria das empresas, no que tange às entradas e saídas de insumos, do consumo de água, de matérias primas, de energia, de geração de efluentes e resíduos, por exemplo, também dificulta a implantação de medidas que poderiam melhorar o desempenho ambiental das mesmas. A ausência de informações, desta natureza, contribui para conhecimentos precários sobre os custos ambientais, alimentando a visão distorcida de que investimentos em medidas de proteção não significam ganhos, mas sim em aumento de custos operacionais e redução de competitividade.
Em estudo realizado em um grupo de empresas com atividade galvânica, verificou-se que a identificação dos impactos ambientais significativos relaciona-se mais fortemente com questões econômicas e legais, do que com os aspectos técnicos e ambientais. O planejamento de ações, baseado em critérios técnicos e ambientais, contribui para a implantação de medidas mais efetivas, no que diz respeito à melhoria da qualidade ambiental.
Um maior conhecimento sobre os impactos ocasionados pelas atividades produtivas, possibilita a seleção mais adequada de indicadores que podem ser utilizados para o processo de melhoria contínua do SGA (sistema de gestão ambiental). A dificuldade para o estabelecimento desses indicadores é um dos principias problemas das indústrias, tanto ao nível nacional quanto internacional.
A escolha equivocada de indicadores irá refletir-se de igual forma na avaliação do desempenho ambiental das empresas, trazendo como conseqüência: adoção de medidas inócuas, implantação desnecessária de equipamentos e/ou outras intervenções inadequadas para um bom sistema de gestão.
Acredita-se que grande parte das empresas ainda desconhece os benefícios do uso de indicadores de desempenho, como ferramenta para o planejamento ambiental. Com isso é possível que elas estejam deixando de aproveitar oportunidades, como: aumento da produtividade, melhoria da competitividade e da qualidade ambiental, além de atingir efetivamente a sustentabilidade produtiva.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Os caminhos para nossas florestas
Virgílio M. Viana*
A história brasileira, desde o início do uso do pau-brasil no século 16 até os dias de hoje, tem se caracterizado pelo uso predatório de nossas florestas. A sociedade se acostumou a ver passivamente, na imprensa e ao vivo, uma infinidade de casos de desmatamento, queimadas, extração predatória de madeira e de palmito etc. Felizmente essa história vive hoje uma fase distinta.
Diante de uma proposta retrógrada e míope de alteração do Código Florestal, aprovada por uma Comissão Mista do Congresso, houve uma mobilização nacional sem precedentes. Nunca o futuro de nossas florestas foi tão debatido na imprensa, no Congresso, em instâncias de governo, universidades, fóruns na Internet, reuniões e eventos públicos. O país ganhou a oportunidade para fazer uma verdadeira reflexão sobre parte importante dos 500 anos de história. O lado mais evidente do debate é sobre a área de florestas a ser desmatada. De um lado, a proposta dos ruralistas defendia o direito de desmatar 50% das florestas da Amazônia. De outro, a proposta do Conama defende a manutenção de pelo menos 80% dessas florestas. A solução desse duelo de números não está na aritmética, mas sim nos conceitos e valores subjacentes a esse debate.
O desafio é aproveitar o momento para nos posicionarmos sobre o futuro das florestas brasileiras. Precisamos desmatar para gerar desenvolvimento? As florestas representam o atraso do país ou oportunidades para o seu desenvolvimento sustentável? A conservação das florestas brasileiras interessa aos países industrializados ou ao próprio Brasil?
A obtenção de madeira e outros produtos de florestas nativas tem sido feita de forma predatória. O Sul e o Sudeste brasileiros, que já foram exportadores de madeira, hoje importam cerca de 10 milhões de metros cúbicos de madeira da Amazônia por ano. A expansão da pecuária extensiva -principal uso das terras desmatadas- fixa poucos trabalhadores no campo e contribui para o inchaço das cidades e o crescimento da pobreza urbana. O desmatamento produz enormes prejuízos para a geração de energia hidrelétrica e abastecimento de água para cidades e agricultura, pelo aumento da erosão. Além disso, empobrece a biodiversidade e contribui para mudanças do clima.
No contexto internacional, o Brasil ocupa uma posição estratégica: possui a maior reserva de florestas tropicais, é o maior consumidor de madeiras tropicais e, futuramente (2010), será o maior exportador de madeiras tropicais do mundo. O setor florestal gera cerca de 1,5 milhão de empregos diretos.
O potencial do setor para a geração de empregos é muito maior. O custo de um emprego florestal é cerca de 700 vezes menor do que outro na indústria automobilística. A contribuição do setor florestal para a balança de pagamentos do Brasil tem sido positiva desde 1980, mesmo no período de 1995 a 1998, quando o saldo da balança comercial brasileira passou a ser negativo.
Apesar disso, as florestas, tratadas simplesmente como "a mata", são vistas pelos formuladores de políticas públicas como um recurso a ser garimpado e, ainda, como um estorvo, a ser removido para a expansão da agropecuária.
A principal vocação da Amazônia é o manejo florestal e a industrialização de produtos florestais -não a agropecuária e a indústria eletrônica. Hoje, a produção de madeira representa cerca de US$ 2,5 bilhões/ano, equivalendo a mais de 15% do PIB de diversos Estados.
O problema é que essa produção vem sendo feita em bases não-sustentáveis. Além disso, predominam condições de trabalho irregulares. Isso tem gerado problemas de acesso aos mercados externos, cada dia mais exigentes em termos de qualidade socioambiental.
Se bem manejadas, cerca de 10% das florestas da Amazônia poderiam atender, de forma sustentável, a demanda interna de madeira. Se outros 10% fossem bem manejados e vendidos ao mercado externo com selo verde, poderiam gerar cerca de dezenas de milhares de empregos e mais pelo menos US$ 5 bilhões em produtos de madeira.
Além disso, o manejo florestal pode gerar produtos não-madeireiros (castanha, borracha, fármacos etc.) e serviços ambientais. Por outro lado, o manejo florestal -e não a agropecuária- representa o caminho mais promissor para a construção da cidadania para as populações que vivem na floresta: índios, seringueiros, caiçaras, quilombolas etc.
As florestas devem ser tratadas como espaço privilegiado para o desenvolvimento sustentável. A proteção e o uso sustentável de nossas florestas é, em primeiro lugar, interesse do próprio Brasil, e não dos países industrializados. É hora de aproveitarmos o momento e fazermos uma inflexão na nossa história florestal. O debate sobre o Código Florestal é um importante começo de uma nova e longa caminhada.
*Virgílio M. Viana, 39, engenheiro florestal e doutor pela Universidade Harvard (EUA), é professor do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, e presidente da Sociedade Brasileira de Etnoecologia
A história brasileira, desde o início do uso do pau-brasil no século 16 até os dias de hoje, tem se caracterizado pelo uso predatório de nossas florestas. A sociedade se acostumou a ver passivamente, na imprensa e ao vivo, uma infinidade de casos de desmatamento, queimadas, extração predatória de madeira e de palmito etc. Felizmente essa história vive hoje uma fase distinta.
Diante de uma proposta retrógrada e míope de alteração do Código Florestal, aprovada por uma Comissão Mista do Congresso, houve uma mobilização nacional sem precedentes. Nunca o futuro de nossas florestas foi tão debatido na imprensa, no Congresso, em instâncias de governo, universidades, fóruns na Internet, reuniões e eventos públicos. O país ganhou a oportunidade para fazer uma verdadeira reflexão sobre parte importante dos 500 anos de história. O lado mais evidente do debate é sobre a área de florestas a ser desmatada. De um lado, a proposta dos ruralistas defendia o direito de desmatar 50% das florestas da Amazônia. De outro, a proposta do Conama defende a manutenção de pelo menos 80% dessas florestas. A solução desse duelo de números não está na aritmética, mas sim nos conceitos e valores subjacentes a esse debate.
O desafio é aproveitar o momento para nos posicionarmos sobre o futuro das florestas brasileiras. Precisamos desmatar para gerar desenvolvimento? As florestas representam o atraso do país ou oportunidades para o seu desenvolvimento sustentável? A conservação das florestas brasileiras interessa aos países industrializados ou ao próprio Brasil?
A obtenção de madeira e outros produtos de florestas nativas tem sido feita de forma predatória. O Sul e o Sudeste brasileiros, que já foram exportadores de madeira, hoje importam cerca de 10 milhões de metros cúbicos de madeira da Amazônia por ano. A expansão da pecuária extensiva -principal uso das terras desmatadas- fixa poucos trabalhadores no campo e contribui para o inchaço das cidades e o crescimento da pobreza urbana. O desmatamento produz enormes prejuízos para a geração de energia hidrelétrica e abastecimento de água para cidades e agricultura, pelo aumento da erosão. Além disso, empobrece a biodiversidade e contribui para mudanças do clima.
No contexto internacional, o Brasil ocupa uma posição estratégica: possui a maior reserva de florestas tropicais, é o maior consumidor de madeiras tropicais e, futuramente (2010), será o maior exportador de madeiras tropicais do mundo. O setor florestal gera cerca de 1,5 milhão de empregos diretos.
O potencial do setor para a geração de empregos é muito maior. O custo de um emprego florestal é cerca de 700 vezes menor do que outro na indústria automobilística. A contribuição do setor florestal para a balança de pagamentos do Brasil tem sido positiva desde 1980, mesmo no período de 1995 a 1998, quando o saldo da balança comercial brasileira passou a ser negativo.
Apesar disso, as florestas, tratadas simplesmente como "a mata", são vistas pelos formuladores de políticas públicas como um recurso a ser garimpado e, ainda, como um estorvo, a ser removido para a expansão da agropecuária.
A principal vocação da Amazônia é o manejo florestal e a industrialização de produtos florestais -não a agropecuária e a indústria eletrônica. Hoje, a produção de madeira representa cerca de US$ 2,5 bilhões/ano, equivalendo a mais de 15% do PIB de diversos Estados.
O problema é que essa produção vem sendo feita em bases não-sustentáveis. Além disso, predominam condições de trabalho irregulares. Isso tem gerado problemas de acesso aos mercados externos, cada dia mais exigentes em termos de qualidade socioambiental.
Se bem manejadas, cerca de 10% das florestas da Amazônia poderiam atender, de forma sustentável, a demanda interna de madeira. Se outros 10% fossem bem manejados e vendidos ao mercado externo com selo verde, poderiam gerar cerca de dezenas de milhares de empregos e mais pelo menos US$ 5 bilhões em produtos de madeira.
Além disso, o manejo florestal pode gerar produtos não-madeireiros (castanha, borracha, fármacos etc.) e serviços ambientais. Por outro lado, o manejo florestal -e não a agropecuária- representa o caminho mais promissor para a construção da cidadania para as populações que vivem na floresta: índios, seringueiros, caiçaras, quilombolas etc.
As florestas devem ser tratadas como espaço privilegiado para o desenvolvimento sustentável. A proteção e o uso sustentável de nossas florestas é, em primeiro lugar, interesse do próprio Brasil, e não dos países industrializados. É hora de aproveitarmos o momento e fazermos uma inflexão na nossa história florestal. O debate sobre o Código Florestal é um importante começo de uma nova e longa caminhada.
*Virgílio M. Viana, 39, engenheiro florestal e doutor pela Universidade Harvard (EUA), é professor do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, e presidente da Sociedade Brasileira de Etnoecologia
O erro das empresas no cálculo do payback de projetos Ambientais
ECOINOVAÇÃO - INFORMATIVO SOBRE GESTÃO AMBIENTAL AVANÇADA E SUSTENTABILIDADE
Um dia desses, um coordenador de gestão ambiental de uma empresa de grande porte, que sempre frequenta os principais prêmios de sustentabilidade do país, me disse o seguinte: “A Direção de minha empresa valoriza muito investimento em sustentabilidade, porém para que um projeto ambiental seja aprovado precisa ter um payback razoável”.
Mas a que payback ele se referia? As empresas precisam compreender a magnitude da problemática ambiental nos dias de hoje. E, consequentemente, precisam saber o potencial de retorno de ações ambientais que demonstram que a empresa se preocupa com questões que vão muito além de vender produtos e serviços, ações a favor da vida, a favor das gerações futuras.
Portanto, é um equívoco primário fazer o cálculo do payback de projetos de meio ambiente com a visão puramente econômica e financeira. Se estamos falando de visão de futuro, de nova abordagem, como considerar um método de cálculo do passado?
O payback de projetos ambientais precisa considerar um aspecto fundamental para as empresas atualmente, a inovação. E deve ser considerada a forma muito poderosa de inovação, a ECOINOVAÇÃO.
Assim, no cálculo do payback, além dos aspectos econômico/financeiros usuais, precisa ser considerado:
a) O potencial de publicidade espontânea gerada pelo projeto;
b) O ganho com o lançamento de novos produtos ou serviços a partir da implantação do projeto (ecoinovação);
c) O fortalecimento da imagem/reputação da empresa;
d) O ganho com a atração/retenção de talentos;
e) O ganho de liderar o mercado com uma ação inovadora.
A ciência contábil ainda não dispõe de ferramentas para quantificar em moeda muitos dos aspectos acima, mas isso não significa que devemos desprezá-los.
As pesquisas de Bob Willard demonstram que um grande retorno para as empresas do investimento em sustentabilidade vem da atração e da manutenção de talentos. Se esse aspecto é difícil de quantificar em moeda, então vamos desconsiderá-lo do cálculo do payback? Vejam o exemplo a seguir.
Em 1999, no âmbito de seu ambicioso Programa de Sustentabilidade iniciado em 1994, a Interface, empresa norte-americana referência mundial em gestão ambiental, implantou em sua unidade industrial chamada Bentley Prince Street um sistema de captação de energia solar constituído de 450 painéis fotovoltaicos capazes de gerar 128 kW.
Sabe o que mostrou o cálculo tradicional do payback? O investimento de 1,2 milhão de dólares retornaria em 33 anos (isso para um equipamento que duraria 17 anos)!!. E qual foi a decisão da Direção da empresa?
Considerando toda a amplitude do projeto, ou seja, envolvendo vendas, marketing e clientes (não somente a área financeira), a decisão da empresa foi de implantar o sistema. E qual foi o retorno do investimento?
A Interface lançou no mercado um novo produto, um carpete feito com energia solar, chamado Solar-Made (uma grande ecoinovação). Sobre o payback do projeto, a Interface conta o caso da Universidade da Califórnia que fez uma compra de 20 milhões de dólares em carpetes da empresa, exatamente pelo fato de ser utilizada energia solar na fábrica.
A mensagem é essa. Enquanto as empresas pensarem com a cabeça do século passado, perderão grandes oportunidades. Sustentabilidade é tema muito mais amplo do que uma mera análise econômico-financeira tradicional.
Um dia desses, um coordenador de gestão ambiental de uma empresa de grande porte, que sempre frequenta os principais prêmios de sustentabilidade do país, me disse o seguinte: “A Direção de minha empresa valoriza muito investimento em sustentabilidade, porém para que um projeto ambiental seja aprovado precisa ter um payback razoável”.
Mas a que payback ele se referia? As empresas precisam compreender a magnitude da problemática ambiental nos dias de hoje. E, consequentemente, precisam saber o potencial de retorno de ações ambientais que demonstram que a empresa se preocupa com questões que vão muito além de vender produtos e serviços, ações a favor da vida, a favor das gerações futuras.
Portanto, é um equívoco primário fazer o cálculo do payback de projetos de meio ambiente com a visão puramente econômica e financeira. Se estamos falando de visão de futuro, de nova abordagem, como considerar um método de cálculo do passado?
O payback de projetos ambientais precisa considerar um aspecto fundamental para as empresas atualmente, a inovação. E deve ser considerada a forma muito poderosa de inovação, a ECOINOVAÇÃO.
Assim, no cálculo do payback, além dos aspectos econômico/financeiros usuais, precisa ser considerado:
a) O potencial de publicidade espontânea gerada pelo projeto;
b) O ganho com o lançamento de novos produtos ou serviços a partir da implantação do projeto (ecoinovação);
c) O fortalecimento da imagem/reputação da empresa;
d) O ganho com a atração/retenção de talentos;
e) O ganho de liderar o mercado com uma ação inovadora.
A ciência contábil ainda não dispõe de ferramentas para quantificar em moeda muitos dos aspectos acima, mas isso não significa que devemos desprezá-los.
As pesquisas de Bob Willard demonstram que um grande retorno para as empresas do investimento em sustentabilidade vem da atração e da manutenção de talentos. Se esse aspecto é difícil de quantificar em moeda, então vamos desconsiderá-lo do cálculo do payback? Vejam o exemplo a seguir.
Em 1999, no âmbito de seu ambicioso Programa de Sustentabilidade iniciado em 1994, a Interface, empresa norte-americana referência mundial em gestão ambiental, implantou em sua unidade industrial chamada Bentley Prince Street um sistema de captação de energia solar constituído de 450 painéis fotovoltaicos capazes de gerar 128 kW.
Sabe o que mostrou o cálculo tradicional do payback? O investimento de 1,2 milhão de dólares retornaria em 33 anos (isso para um equipamento que duraria 17 anos)!!. E qual foi a decisão da Direção da empresa?
Considerando toda a amplitude do projeto, ou seja, envolvendo vendas, marketing e clientes (não somente a área financeira), a decisão da empresa foi de implantar o sistema. E qual foi o retorno do investimento?
A Interface lançou no mercado um novo produto, um carpete feito com energia solar, chamado Solar-Made (uma grande ecoinovação). Sobre o payback do projeto, a Interface conta o caso da Universidade da Califórnia que fez uma compra de 20 milhões de dólares em carpetes da empresa, exatamente pelo fato de ser utilizada energia solar na fábrica.
A mensagem é essa. Enquanto as empresas pensarem com a cabeça do século passado, perderão grandes oportunidades. Sustentabilidade é tema muito mais amplo do que uma mera análise econômico-financeira tradicional.
domingo, 1 de agosto de 2010
Vamos criar algo novo
Já parou para pensar da onde vêm as coisas e pra onde vão nossas coisas? Pois bem elas se deslocam ao longo de um sistema que foi implantado logo após segunda Guerra Mundial e teve como objetivo alavancar a economia mundial. Para isso o sistema foi composto da extração de recursos naturais que degradam áreas inteira sem chances de recuperação, a produção, distribuição, o consumo doentio que estamos vivendo atualmente e finalmente o tratamento de lixo. Ao longo desse sistema linear em crise onde por todo percurso estamos batendo em limites, do clima em mudança ao decréscimo da felicidade. É impossível se manter estável, pois vivemos em um mundo onde os recursos naturais são finitos e a cada dia estamos expostos a vários tipos novos de toxinas. Por exemplo, muitas empresas que geram resíduos tóxicos aos quais são incinerados os principais e mais fatais contribuintes para toxinas feitas pelo homem, pois afeta todo um sistema gerado por nós mesmos e como as empresas não querem construir aterros sanitário e incinerados em seus países elas exportam seus lixo para países vizinhos em capitais em desenvolvimento e ou ate mesmo em e aterros sanitários clandestinos. Mas será que é preciso reciclar? Sim todos deveram reciclar, mas reciclar não é o suficiente, pois muitos materiais não podem ser reciclados ou é fabricado com esse intuito não ser reciclado para ser apenas um mecanismo de produção. Este sistema tem o objetivo de produção de venda monopolizada pelas grandes corporações. Para se ter uma idéia a cada saco de lixo colocado na rua foram gasto mais 7 sacos de lixo para fabricação do mesmo e podemos ver que não está funcionando, mas a parte boa de um problema generalizado e haver tantos pontos de intervenção como pessoas salvando florestas, outras trabalhando na produção limpa, pessoas trabalhando em direito do trabalho em comercio justo, consumo consciente, no bloqueio de aterros e principalmente em recuperar o nosso governo para que seja realmente pela pessoas e para as pessoas. Mas só iremos enxergar tudo isso quando as pessoas ao longo de todo o sistema se unir e assim poderemos reivindicar e transformar esse sistema em algo novo, ou seja, um sistema que não desperdice recursos nem pessoas porque aquilo que precisamos mudar e a mentalidade de usar e jogar fora e há hoje uma escola de pensamento nesse assunto baseada em sustentabilidade, equidade, química verde, zero resíduo, produção em ciclo fechado, energia renovável. Há quem diga que é irrealista que não pode acontecer, mas eu digo que quem é irrealista são as pessoas que querem continuar pelo governo caminho. Não é como a gravidade que temos que sobreviver e algo que criamos. Por isso vamos criar algo novo.
terça-feira, 1 de junho de 2010
O que houve com a tecnologia do país de 1 MUNDO?
Até a data de hoje foram completados 41 dias de vazamento de óleo no Golfo do México, considerados pelas autoridades americanas o maior desastre ambiental do país, ainda sem solução muito clara. O presidente Barack Obama, que visitou a costa da Louisiana, reconheceu que o governo não possui tecnologia eficaz e própria para conter vazamento de águas profundas. Pergunto-me: Por onde anda os cérebros incríveis e dominantes do país? Será que devo me preocupar ou devo lembrá-los que não existe outro Planeta habitável, até onde sabemos. Enquanto escrevo aqui cerca de 1.000 barris por dia de petróleo bruto é jorrado de rupturas na tubulação que ligava a plataforma ao fundo do mar e pelo menos 75 milhões de litros de óleo já vazaram no Golfo do México, atingindo mais de 110 quilômetros do litoral do estado. Os americanos estão preparados para "a pior situação", ou seja, que o óleo continue a vazar até agosto, sendo que até o momento a companhia ou empresa petrolífera BP disse já ter aplicado mais de US$ 940 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) até agora com suas tentativas de conter o vazamento. Enquanto isso Obama diz o seguinte ao visitar os locais atingidos: "É enfurecedor e triste, e nós não vamos descansar enquanto este vazamento for contido, enquanto as águas e costa estiverem limpas, e enquanto as pessoas injustamente punidas por este desastre causado pelo homem forem reparadas". Qual ingênuo ele me aprece, acho que seus acessores ambientais não lhe disseram que desastres como esses são irreversíveis, que a Terra não aguenta mais a humanidade que já consome mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor e o colapso é visível nas florestas, oceanos e rios e o ritmo atual de consumo é uma ameaça para a prosperidade futura da humanidade e sempre continuarão gastando e nunca conseguirá retoma-lá novamente. Não enquanto o ser humano persistir em existir no Planeta.
sábado, 29 de maio de 2010
Aonde estamos e pra onde vamos!
De acordo com o dicionário de Línguas, ser Humano, homem ou a ele relativo significa ser bondoso, benfazejo, compassivo entre outras. Um humano, ser humano, pessoa, gente ou homem é um animal membro da espécie de primata bípede Homo sapiens, pertencente ao género Homo, família Hominidae (taxonomicamente Homo sapiens - latim: "homem sábio" quanta sabedoria heim?). Os membros dessa espécie têm um cérebro altamente desenvolvido, com inúmeras capacidades como o raciocínio abstrato, a linguagem, a introspecção e a resolução de problemas. Esta capacidade mental, associada a um corpo ereto possibilitaram o uso dos braços para manipular objetos, fator que permitiu aos humanos a criação e a utilização de ferramentas para alterar o ambiente a sua volta mais do que qualquer outra espécie de ser vivo. Sendo assim análise o trecho abaixo retirado da Obra Alice no país das maravilhas:
"... A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas mas não posso explicar a mim mesma..."O problema é que desta forma sempre esteve o ser humano, onde agrupados formam nações inteiras e reconhecem a emergência de buscar novas soluções para os problemas, mas não o fazem. Pode ser que seja por não saber se questionar faz ele mais humano ou menos animal. Bom, acredito que as pessoas não param para pensar e refletir se estão a fazer o que deve ser feito realmente, é assim como dizia Freud "o mal-estar inerente à condição humana” e de acordo com o seu pensamento freudiano, os homens estão fadados a serem infelizes ou, ao menos, a não gozar de uma felicidade plena. Precisamos encontrar a nós mesmos!
"... A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas mas não posso explicar a mim mesma..."O problema é que desta forma sempre esteve o ser humano, onde agrupados formam nações inteiras e reconhecem a emergência de buscar novas soluções para os problemas, mas não o fazem. Pode ser que seja por não saber se questionar faz ele mais humano ou menos animal. Bom, acredito que as pessoas não param para pensar e refletir se estão a fazer o que deve ser feito realmente, é assim como dizia Freud "o mal-estar inerente à condição humana” e de acordo com o seu pensamento freudiano, os homens estão fadados a serem infelizes ou, ao menos, a não gozar de uma felicidade plena. Precisamos encontrar a nós mesmos!
domingo, 9 de maio de 2010
A co-responsabilidade
Em pleno século 21 no auge das suas descobertas, nações inteiras vivem e caminham em um mundo utópico globalizado que diz respeito à interligação do Planeta Terra e alguns sistemas cósmico compartilhando informações rápidas entre pessoas de toda parte do mundo e também tecnologicamente que foi modificado desde os últimos tempos. Tal tecnologia que levou ao desenvolvimento da extração de petróleo que significa óleo de pedra, predominando um monopólio em que a empresa Petrobrás no último mês de abril anunciou recorde na produção de petróleo no Brasil extraindo 2,078 bilhões de barris diários que alcançou a marca da empresa como a mais valiosa do país, avaliada em um valor sem luxo de R$ 19,3 bilhões, um aumento de 735% em relação ao ano anterior. No Brasil foi descoberto o pré-sal que refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróle com dados de que essa camada teria se formada há 150 milhões de anos atrás. Ao contrário de uma benfeitoria ambiental como o pré-sal ocorre desastre humanos ou antropológicos existentes que são os desastres siderais da natureza como os acidentes com derramamento de óleos das grandiosas plataformas das indústrias do setor de petroquímica de todo o mundo, um dos mais importantes recursos naturais abundantes do Planeta que tem tempo para se esgotar. Desde o início do processo de industrialização desastres ecológicos acontecem como em 1989, quando o navio da maior petrolífera do mundo derramou 41 milhões de litros na costa do Alasca, afetando a vida animal até hoje, entre tantos outro que ocorreram ao longo de nossa existência. As conseqüências desses desastres prejudicam ainda mais os pássaros e mangues, deixando o rastro de uma mancha escura no oceano. O mais recente derramamento aconteceu em abril deste ano quando uma plataforma afundou no Sudoeste de Orleans seguido de uma grande explosão, e sempre quando desastres como esse acontecem às inteligências vulgares se prontificam atentamente a pagar todos os custos do derramamento, mas continuam fazendo a mesma coisa sem estrutua, sem monitoração adequada, sem compensação logo após uma tragédia, logística deficiente e remedição incapaz de solucionar o problema, pois uma vez perdidas as matas ciliares, avifaunas, leito de rios, margens de corpo d águas leva-se milhares de anos para se recuperar totalmente uma área agredida. Toda a humanidade e responsável por esses desastres como a queima de combustível fossel por exemplo, aonde e retirado derivado a gasolina, parafina entre tantos outros, estamos inertes diante do processo em que fomos instituídos. Pense nisso!Temos tempo para mudar ainda.
domingo, 25 de abril de 2010
O mal do Mundo para o Homem
Através de várias consultorias relacionados a estudos de cálculos de desmatamentos ambientais Mckinsey um pesquisador Britânico descobriu que para preservar a Floresta Amazônica ao longo de duas décadas e estimado um valor de 17 bilhões de reais anuais, valor comparado ao gasto anual com bolsa família que é um projeto voltado para assegurar crianças nas escolas, combater a fome com acesso a alimentação, hahaha. Mas por que ao invés de gerar emprego, criar cursos profissionalizantes acessíveis e estimular o interesse dos jovens e para que tenham um lazer digno e entretenimento seguido de uma boa educação, educação está que se estagnou e desmoraliza todos envolvidos neste sistema, ou será que é mais fácil aplicar determinado salário por individuo ao contrário de formar cidadãos pensantes que se orientam pelos seus valores universais, que se conscientize de que a excelência moral é uma questão de inspiração e não de parentesco, expandindo a partir dai pensamentos para consciência ambiental? A nossa relação se articula com o mundo da maneira que o homem está no papel de um produto do meio aberto a experiências que não consegue por em prática os saberes empíricos e a prática do amor. A destruição das florestas gera vários efeitos colaterais ocasionando o efeito estufa que é a forma que a terra tem para manter em forma sua temperatura constante e uma de suas conseqüências e a aceleração do derretimento das calotas polares que aumenta o nível do mar e proporciona um prejuízo de URR$ 1 trilhão anuais apenas para o estado do Paraná, ou seja, a Floresta Amazônica. Faça as contas somando esse valor a todas as florestas do mundo, aos rios, mares, solo, ar entre tantos outros fatores que matem o mundo nas condições certas e vitais para a vida, poderíamos estar evitando esse ato vergonhoso que apavora e acaba com a economia, teríamos então dinheiro para resolver todos os problemas, mas não fazemos.Quanta estupidez.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Seres humanos, animais racionais ou irracionais?
Existem várias perguntas sem respostas a respeito da origem do universo que de acordo com as teorias apresentadas ocorreu a aproximada a 3,5 bilhões de anos atrás, dando origem tudo que nele existe. Para melhor melhor entender o cronograma cósmico, imagine que que toda essa história pudesse ser comprimida em um ano, sendo assim o big bang teria acontecido a zero hora do dia primeiro de Janeiro seguido da Via Láctea, umas das 100 bilhões de galáxia existentes, que se formou no primeiro dia de maio e consequentemente nós seres humanos raros no dia trinta e um de Dezembro depois de vários, longos e complexo eventos ocorridos durante bilhões anos. O Calendário Cósmico nos lembra que além de muito pequenos perante o Universo, ocupamos também um instante de tempo insignificante em sua existência e que acima de tudo, que o nosso destino e o de toda a vida na Terra está dependendo da sensibilidade humana e de nosso valioso conhecimento científico. Conhecimento e sensibilidade que estão sendo mal utilizados, pois deixa seus semelhantes serem extintos, roubados, humilhados, massacrado pela ganancia e o ódio vazio e frio. Tudo isso pela arrogância de querer controlar tudo ao seu redor inclusive a Natureza, esta que está cada vez mais inconstante, sagaz e feroz devido ao tratamento recebido pelos seres humanos, alterando assim o ciclo da linda bola verde azulada que flutua e gira em torno do sol instigando o soterramento pessoas sobre milhões de toneladas de destroços de terremotos, deslizamento, enchentes, erupções vulcânicas, temperaturas instáveis, e outros tantos eventos futuros desconhecidos. O planeta nos vê como uma leve ameaça que pode ser banida a qualquer momento, portanto a hora de mudar, reavaliar conceitos e atitudes e agora antes que sejamos nós aqui por um pouco de tempo.
Assinar:
Postagens (Atom)