Marta Regina Lopes Tocchetto
Lauro Charlet Pereira
Embrapa Meio Ambiente-SP
A crescente preocupação com a qualidade ambiental tem levado as indústrias brasileiras a buscarem alternativas tecnológicas mais limpas e matérias primas menos tóxicas, a fim de reduzir o impacto e a degradação ambientais. A conscientização da sociedade e a legislação ambiental têm induzido as empresas a uma relação mais sustentável com o meio ambiente. Não há mais lugar para a exacerbação do lucro obtido às custas do comprometimento do meio ambiente. Diante disso, a indústria tem sido forçada a investir em modificações de processo, aperfeiçoamento de mão-de-obra, substituição de insumos, redução de geração de resíduos e racionalização de consumo de recursos naturais.
A busca por alternativas que minimizem os impactos negativos da atividade produtiva tem motivado o setor industrial em investir em soluções, que também se refletem em economia e melhoria da competitividade. A adoção de estratégias de prevenção apresenta-se como a alternativa mais adequada, porém importantes padrões, modelos de comportamento, crenças e práticas institucionalizadas devem ser modificados, assim como muitos paradigmas consolidados na estrutura das empresas devem ser substituídos.
A avaliação ambiental torna-se cada vez mais valiosa e importante, pois fornece bases para a formulação de políticas, planos e projetos que permitem o manejo dos riscos e impactos das atividades produtivas aumentando a ecoeficiência da organização. O diagnóstico da situação ambiental consiste em uma análise profunda de todos os impactos dos processos, serviços e produtos.
A falta de registros, na maioria das empresas, no que tange às entradas e saídas de insumos, do consumo de água, de matérias primas, de energia, de geração de efluentes e resíduos, por exemplo, também dificulta a implantação de medidas que poderiam melhorar o desempenho ambiental das mesmas. A ausência de informações, desta natureza, contribui para conhecimentos precários sobre os custos ambientais, alimentando a visão distorcida de que investimentos em medidas de proteção não significam ganhos, mas sim em aumento de custos operacionais e redução de competitividade.
Em estudo realizado em um grupo de empresas com atividade galvânica, verificou-se que a identificação dos impactos ambientais significativos relaciona-se mais fortemente com questões econômicas e legais, do que com os aspectos técnicos e ambientais. O planejamento de ações, baseado em critérios técnicos e ambientais, contribui para a implantação de medidas mais efetivas, no que diz respeito à melhoria da qualidade ambiental.
Um maior conhecimento sobre os impactos ocasionados pelas atividades produtivas, possibilita a seleção mais adequada de indicadores que podem ser utilizados para o processo de melhoria contínua do SGA (sistema de gestão ambiental). A dificuldade para o estabelecimento desses indicadores é um dos principias problemas das indústrias, tanto ao nível nacional quanto internacional.
A escolha equivocada de indicadores irá refletir-se de igual forma na avaliação do desempenho ambiental das empresas, trazendo como conseqüência: adoção de medidas inócuas, implantação desnecessária de equipamentos e/ou outras intervenções inadequadas para um bom sistema de gestão.
Acredita-se que grande parte das empresas ainda desconhece os benefícios do uso de indicadores de desempenho, como ferramenta para o planejamento ambiental. Com isso é possível que elas estejam deixando de aproveitar oportunidades, como: aumento da produtividade, melhoria da competitividade e da qualidade ambiental, além de atingir efetivamente a sustentabilidade produtiva.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Os caminhos para nossas florestas
Virgílio M. Viana*
A história brasileira, desde o início do uso do pau-brasil no século 16 até os dias de hoje, tem se caracterizado pelo uso predatório de nossas florestas. A sociedade se acostumou a ver passivamente, na imprensa e ao vivo, uma infinidade de casos de desmatamento, queimadas, extração predatória de madeira e de palmito etc. Felizmente essa história vive hoje uma fase distinta.
Diante de uma proposta retrógrada e míope de alteração do Código Florestal, aprovada por uma Comissão Mista do Congresso, houve uma mobilização nacional sem precedentes. Nunca o futuro de nossas florestas foi tão debatido na imprensa, no Congresso, em instâncias de governo, universidades, fóruns na Internet, reuniões e eventos públicos. O país ganhou a oportunidade para fazer uma verdadeira reflexão sobre parte importante dos 500 anos de história. O lado mais evidente do debate é sobre a área de florestas a ser desmatada. De um lado, a proposta dos ruralistas defendia o direito de desmatar 50% das florestas da Amazônia. De outro, a proposta do Conama defende a manutenção de pelo menos 80% dessas florestas. A solução desse duelo de números não está na aritmética, mas sim nos conceitos e valores subjacentes a esse debate.
O desafio é aproveitar o momento para nos posicionarmos sobre o futuro das florestas brasileiras. Precisamos desmatar para gerar desenvolvimento? As florestas representam o atraso do país ou oportunidades para o seu desenvolvimento sustentável? A conservação das florestas brasileiras interessa aos países industrializados ou ao próprio Brasil?
A obtenção de madeira e outros produtos de florestas nativas tem sido feita de forma predatória. O Sul e o Sudeste brasileiros, que já foram exportadores de madeira, hoje importam cerca de 10 milhões de metros cúbicos de madeira da Amazônia por ano. A expansão da pecuária extensiva -principal uso das terras desmatadas- fixa poucos trabalhadores no campo e contribui para o inchaço das cidades e o crescimento da pobreza urbana. O desmatamento produz enormes prejuízos para a geração de energia hidrelétrica e abastecimento de água para cidades e agricultura, pelo aumento da erosão. Além disso, empobrece a biodiversidade e contribui para mudanças do clima.
No contexto internacional, o Brasil ocupa uma posição estratégica: possui a maior reserva de florestas tropicais, é o maior consumidor de madeiras tropicais e, futuramente (2010), será o maior exportador de madeiras tropicais do mundo. O setor florestal gera cerca de 1,5 milhão de empregos diretos.
O potencial do setor para a geração de empregos é muito maior. O custo de um emprego florestal é cerca de 700 vezes menor do que outro na indústria automobilística. A contribuição do setor florestal para a balança de pagamentos do Brasil tem sido positiva desde 1980, mesmo no período de 1995 a 1998, quando o saldo da balança comercial brasileira passou a ser negativo.
Apesar disso, as florestas, tratadas simplesmente como "a mata", são vistas pelos formuladores de políticas públicas como um recurso a ser garimpado e, ainda, como um estorvo, a ser removido para a expansão da agropecuária.
A principal vocação da Amazônia é o manejo florestal e a industrialização de produtos florestais -não a agropecuária e a indústria eletrônica. Hoje, a produção de madeira representa cerca de US$ 2,5 bilhões/ano, equivalendo a mais de 15% do PIB de diversos Estados.
O problema é que essa produção vem sendo feita em bases não-sustentáveis. Além disso, predominam condições de trabalho irregulares. Isso tem gerado problemas de acesso aos mercados externos, cada dia mais exigentes em termos de qualidade socioambiental.
Se bem manejadas, cerca de 10% das florestas da Amazônia poderiam atender, de forma sustentável, a demanda interna de madeira. Se outros 10% fossem bem manejados e vendidos ao mercado externo com selo verde, poderiam gerar cerca de dezenas de milhares de empregos e mais pelo menos US$ 5 bilhões em produtos de madeira.
Além disso, o manejo florestal pode gerar produtos não-madeireiros (castanha, borracha, fármacos etc.) e serviços ambientais. Por outro lado, o manejo florestal -e não a agropecuária- representa o caminho mais promissor para a construção da cidadania para as populações que vivem na floresta: índios, seringueiros, caiçaras, quilombolas etc.
As florestas devem ser tratadas como espaço privilegiado para o desenvolvimento sustentável. A proteção e o uso sustentável de nossas florestas é, em primeiro lugar, interesse do próprio Brasil, e não dos países industrializados. É hora de aproveitarmos o momento e fazermos uma inflexão na nossa história florestal. O debate sobre o Código Florestal é um importante começo de uma nova e longa caminhada.
*Virgílio M. Viana, 39, engenheiro florestal e doutor pela Universidade Harvard (EUA), é professor do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, e presidente da Sociedade Brasileira de Etnoecologia
A história brasileira, desde o início do uso do pau-brasil no século 16 até os dias de hoje, tem se caracterizado pelo uso predatório de nossas florestas. A sociedade se acostumou a ver passivamente, na imprensa e ao vivo, uma infinidade de casos de desmatamento, queimadas, extração predatória de madeira e de palmito etc. Felizmente essa história vive hoje uma fase distinta.
Diante de uma proposta retrógrada e míope de alteração do Código Florestal, aprovada por uma Comissão Mista do Congresso, houve uma mobilização nacional sem precedentes. Nunca o futuro de nossas florestas foi tão debatido na imprensa, no Congresso, em instâncias de governo, universidades, fóruns na Internet, reuniões e eventos públicos. O país ganhou a oportunidade para fazer uma verdadeira reflexão sobre parte importante dos 500 anos de história. O lado mais evidente do debate é sobre a área de florestas a ser desmatada. De um lado, a proposta dos ruralistas defendia o direito de desmatar 50% das florestas da Amazônia. De outro, a proposta do Conama defende a manutenção de pelo menos 80% dessas florestas. A solução desse duelo de números não está na aritmética, mas sim nos conceitos e valores subjacentes a esse debate.
O desafio é aproveitar o momento para nos posicionarmos sobre o futuro das florestas brasileiras. Precisamos desmatar para gerar desenvolvimento? As florestas representam o atraso do país ou oportunidades para o seu desenvolvimento sustentável? A conservação das florestas brasileiras interessa aos países industrializados ou ao próprio Brasil?
A obtenção de madeira e outros produtos de florestas nativas tem sido feita de forma predatória. O Sul e o Sudeste brasileiros, que já foram exportadores de madeira, hoje importam cerca de 10 milhões de metros cúbicos de madeira da Amazônia por ano. A expansão da pecuária extensiva -principal uso das terras desmatadas- fixa poucos trabalhadores no campo e contribui para o inchaço das cidades e o crescimento da pobreza urbana. O desmatamento produz enormes prejuízos para a geração de energia hidrelétrica e abastecimento de água para cidades e agricultura, pelo aumento da erosão. Além disso, empobrece a biodiversidade e contribui para mudanças do clima.
No contexto internacional, o Brasil ocupa uma posição estratégica: possui a maior reserva de florestas tropicais, é o maior consumidor de madeiras tropicais e, futuramente (2010), será o maior exportador de madeiras tropicais do mundo. O setor florestal gera cerca de 1,5 milhão de empregos diretos.
O potencial do setor para a geração de empregos é muito maior. O custo de um emprego florestal é cerca de 700 vezes menor do que outro na indústria automobilística. A contribuição do setor florestal para a balança de pagamentos do Brasil tem sido positiva desde 1980, mesmo no período de 1995 a 1998, quando o saldo da balança comercial brasileira passou a ser negativo.
Apesar disso, as florestas, tratadas simplesmente como "a mata", são vistas pelos formuladores de políticas públicas como um recurso a ser garimpado e, ainda, como um estorvo, a ser removido para a expansão da agropecuária.
A principal vocação da Amazônia é o manejo florestal e a industrialização de produtos florestais -não a agropecuária e a indústria eletrônica. Hoje, a produção de madeira representa cerca de US$ 2,5 bilhões/ano, equivalendo a mais de 15% do PIB de diversos Estados.
O problema é que essa produção vem sendo feita em bases não-sustentáveis. Além disso, predominam condições de trabalho irregulares. Isso tem gerado problemas de acesso aos mercados externos, cada dia mais exigentes em termos de qualidade socioambiental.
Se bem manejadas, cerca de 10% das florestas da Amazônia poderiam atender, de forma sustentável, a demanda interna de madeira. Se outros 10% fossem bem manejados e vendidos ao mercado externo com selo verde, poderiam gerar cerca de dezenas de milhares de empregos e mais pelo menos US$ 5 bilhões em produtos de madeira.
Além disso, o manejo florestal pode gerar produtos não-madeireiros (castanha, borracha, fármacos etc.) e serviços ambientais. Por outro lado, o manejo florestal -e não a agropecuária- representa o caminho mais promissor para a construção da cidadania para as populações que vivem na floresta: índios, seringueiros, caiçaras, quilombolas etc.
As florestas devem ser tratadas como espaço privilegiado para o desenvolvimento sustentável. A proteção e o uso sustentável de nossas florestas é, em primeiro lugar, interesse do próprio Brasil, e não dos países industrializados. É hora de aproveitarmos o momento e fazermos uma inflexão na nossa história florestal. O debate sobre o Código Florestal é um importante começo de uma nova e longa caminhada.
*Virgílio M. Viana, 39, engenheiro florestal e doutor pela Universidade Harvard (EUA), é professor do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, e presidente da Sociedade Brasileira de Etnoecologia
O erro das empresas no cálculo do payback de projetos Ambientais
ECOINOVAÇÃO - INFORMATIVO SOBRE GESTÃO AMBIENTAL AVANÇADA E SUSTENTABILIDADE
Um dia desses, um coordenador de gestão ambiental de uma empresa de grande porte, que sempre frequenta os principais prêmios de sustentabilidade do país, me disse o seguinte: “A Direção de minha empresa valoriza muito investimento em sustentabilidade, porém para que um projeto ambiental seja aprovado precisa ter um payback razoável”.
Mas a que payback ele se referia? As empresas precisam compreender a magnitude da problemática ambiental nos dias de hoje. E, consequentemente, precisam saber o potencial de retorno de ações ambientais que demonstram que a empresa se preocupa com questões que vão muito além de vender produtos e serviços, ações a favor da vida, a favor das gerações futuras.
Portanto, é um equívoco primário fazer o cálculo do payback de projetos de meio ambiente com a visão puramente econômica e financeira. Se estamos falando de visão de futuro, de nova abordagem, como considerar um método de cálculo do passado?
O payback de projetos ambientais precisa considerar um aspecto fundamental para as empresas atualmente, a inovação. E deve ser considerada a forma muito poderosa de inovação, a ECOINOVAÇÃO.
Assim, no cálculo do payback, além dos aspectos econômico/financeiros usuais, precisa ser considerado:
a) O potencial de publicidade espontânea gerada pelo projeto;
b) O ganho com o lançamento de novos produtos ou serviços a partir da implantação do projeto (ecoinovação);
c) O fortalecimento da imagem/reputação da empresa;
d) O ganho com a atração/retenção de talentos;
e) O ganho de liderar o mercado com uma ação inovadora.
A ciência contábil ainda não dispõe de ferramentas para quantificar em moeda muitos dos aspectos acima, mas isso não significa que devemos desprezá-los.
As pesquisas de Bob Willard demonstram que um grande retorno para as empresas do investimento em sustentabilidade vem da atração e da manutenção de talentos. Se esse aspecto é difícil de quantificar em moeda, então vamos desconsiderá-lo do cálculo do payback? Vejam o exemplo a seguir.
Em 1999, no âmbito de seu ambicioso Programa de Sustentabilidade iniciado em 1994, a Interface, empresa norte-americana referência mundial em gestão ambiental, implantou em sua unidade industrial chamada Bentley Prince Street um sistema de captação de energia solar constituído de 450 painéis fotovoltaicos capazes de gerar 128 kW.
Sabe o que mostrou o cálculo tradicional do payback? O investimento de 1,2 milhão de dólares retornaria em 33 anos (isso para um equipamento que duraria 17 anos)!!. E qual foi a decisão da Direção da empresa?
Considerando toda a amplitude do projeto, ou seja, envolvendo vendas, marketing e clientes (não somente a área financeira), a decisão da empresa foi de implantar o sistema. E qual foi o retorno do investimento?
A Interface lançou no mercado um novo produto, um carpete feito com energia solar, chamado Solar-Made (uma grande ecoinovação). Sobre o payback do projeto, a Interface conta o caso da Universidade da Califórnia que fez uma compra de 20 milhões de dólares em carpetes da empresa, exatamente pelo fato de ser utilizada energia solar na fábrica.
A mensagem é essa. Enquanto as empresas pensarem com a cabeça do século passado, perderão grandes oportunidades. Sustentabilidade é tema muito mais amplo do que uma mera análise econômico-financeira tradicional.
Um dia desses, um coordenador de gestão ambiental de uma empresa de grande porte, que sempre frequenta os principais prêmios de sustentabilidade do país, me disse o seguinte: “A Direção de minha empresa valoriza muito investimento em sustentabilidade, porém para que um projeto ambiental seja aprovado precisa ter um payback razoável”.
Mas a que payback ele se referia? As empresas precisam compreender a magnitude da problemática ambiental nos dias de hoje. E, consequentemente, precisam saber o potencial de retorno de ações ambientais que demonstram que a empresa se preocupa com questões que vão muito além de vender produtos e serviços, ações a favor da vida, a favor das gerações futuras.
Portanto, é um equívoco primário fazer o cálculo do payback de projetos de meio ambiente com a visão puramente econômica e financeira. Se estamos falando de visão de futuro, de nova abordagem, como considerar um método de cálculo do passado?
O payback de projetos ambientais precisa considerar um aspecto fundamental para as empresas atualmente, a inovação. E deve ser considerada a forma muito poderosa de inovação, a ECOINOVAÇÃO.
Assim, no cálculo do payback, além dos aspectos econômico/financeiros usuais, precisa ser considerado:
a) O potencial de publicidade espontânea gerada pelo projeto;
b) O ganho com o lançamento de novos produtos ou serviços a partir da implantação do projeto (ecoinovação);
c) O fortalecimento da imagem/reputação da empresa;
d) O ganho com a atração/retenção de talentos;
e) O ganho de liderar o mercado com uma ação inovadora.
A ciência contábil ainda não dispõe de ferramentas para quantificar em moeda muitos dos aspectos acima, mas isso não significa que devemos desprezá-los.
As pesquisas de Bob Willard demonstram que um grande retorno para as empresas do investimento em sustentabilidade vem da atração e da manutenção de talentos. Se esse aspecto é difícil de quantificar em moeda, então vamos desconsiderá-lo do cálculo do payback? Vejam o exemplo a seguir.
Em 1999, no âmbito de seu ambicioso Programa de Sustentabilidade iniciado em 1994, a Interface, empresa norte-americana referência mundial em gestão ambiental, implantou em sua unidade industrial chamada Bentley Prince Street um sistema de captação de energia solar constituído de 450 painéis fotovoltaicos capazes de gerar 128 kW.
Sabe o que mostrou o cálculo tradicional do payback? O investimento de 1,2 milhão de dólares retornaria em 33 anos (isso para um equipamento que duraria 17 anos)!!. E qual foi a decisão da Direção da empresa?
Considerando toda a amplitude do projeto, ou seja, envolvendo vendas, marketing e clientes (não somente a área financeira), a decisão da empresa foi de implantar o sistema. E qual foi o retorno do investimento?
A Interface lançou no mercado um novo produto, um carpete feito com energia solar, chamado Solar-Made (uma grande ecoinovação). Sobre o payback do projeto, a Interface conta o caso da Universidade da Califórnia que fez uma compra de 20 milhões de dólares em carpetes da empresa, exatamente pelo fato de ser utilizada energia solar na fábrica.
A mensagem é essa. Enquanto as empresas pensarem com a cabeça do século passado, perderão grandes oportunidades. Sustentabilidade é tema muito mais amplo do que uma mera análise econômico-financeira tradicional.
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